1 – Análise do entorno:
Análise das condições do entorno, estudo de inserção do projeto no mesmo, respeitando o
espaço urbano e o natural, valorizando a mão de obra e a cultura local.
2 – Uso sustentável do terreno:
Aproveitar ao máximo as características do relevo, vegetação etc., evitando fazer intervenções radicais no terreno. Propor boa distribuição das construções, de forma que a maior parte da área de solo seja permeável e as áreas impermeáveis recolham as águas da chuva.
3 – Planejamento detalhado e integrado:
Projetos detalhados para evitar desperdícios na obra, coordenação dos projetos de outras áreas, garantindo uma melhor execução da obra e resultado final.
4 – Estudo do Clima local e estratégias bioclimáticas:
Estudar o clima do local e suas características e propor estratégias bioclimáticas adaptadas a essas condições. Direcionar o projeto para o melhor aproveitamento passivo dos recursos naturais, como iluminação e ventilação natural, orientação solar, captação das águas da chuva, sombras e vegetação existente. Fazer uso de elementos arquitetônicos, como brises, cobogós e beirais e escolher corretamente os materiais, com a finalidade de reduzir o consumo energético com aquecimento e refrigeração da construção.
5 – Atender as necessidades do usuário:
O projeto é pensado de forma a atender as mudanças de necessidades dos usuários e do uso da edificação ao longo do tempo. O projeto ainda pode prever uma expansão da edificação ou a construção posterior de outros elementos do conjunto arquitetônico, sempre pensando na preservação ambiental.
6 – Atendimento as normas e legislações:
Os projetos são feitos cumprindo as Normas de Desempenho da NBR, assim como as legislações da cidade e de proteção ambiental, além das leis trabalhistas e de responsabilidade social.
7 – Otimização energética:
Na etapa de projetos são implementadas estratégias para que a edificação consuma mínimo de energia, desde a construção até o uso, tendo um bom desempenho energético, visando o conforto do usuário.
8 – Eficiência hídrica:
O projeto contempla soluções para a redução do consumo de água, reutilizando as águas da pia e banho para descarga e jardim, assim como a captação das águas da chuva, além de especificar equipamentos eficientes de baixo consumo. Também poderá ser proposto sistemas para a redução do volume de esgoto como biodigestores, bacia de evapotranspiração etc.
9 – Materiais sustentáveis:
Pensar e especificar os materiais de forma racional, reduzindo o desperdício. Especificar materiais de origem sustentável e regionais, sempre que possível.
10 – Uso de tecnologias inovadoras:
Depois de ter explorado todas as estratégias passivas, a tecnologia será usada a favor do desempenho da edificação, de acordo com o orçamento em cada caso, como os sistemas de produção de energia renovável, automação, máquinas construtivas industrializadas e mais inteligentes, por exemplo.
11 – Paisagismo sustentável:
O projeto paisagístico é pensado a favor da eficiência do sistema. Telhados e paredes verdes podem ser estratégias propostas para melhorar o conforto térmico e acústico, contribuir para formação de habitat para a fauna e flora local e proporcionar bem estar aos usuários. São usadas espécies nativas e adaptadas ao clima local, sempre que possível, de forma a reduzir o consumo de água com irrigação.
12 – A saúde e o bem-estar dos ocupantes em primeiro lugar:
O projeto é pensado de forma a promover o conforto térmico e acústico e a boa qualidade do ar interno.
13 – Viabilidade econômica:
Os projetos são únicos e exclusivos para cada cliente e dentro de cada realidade de econômica. Ainda assim, todos os projetos buscam o melhor resultado estético, qualidade dos materiais e equipamentos propostos e buscam a redução do valor de operação e manutenção do edifício.
14 – Ciclo de vida da construção:
A edificação é projetada para durar e de forma que possa ser desmontada com o menor impacto quando acabar o seu ciclo de vida, podendo reaproveitar e reciclar seus resíduos, quando possível.
15 – Conscientização e divulgação da causa:
As pessoas envolvidas no processo recebem educação ambiental e conscientização sobre os impactos da construção e as técnicas utilizadas para a sua redução. Dessa forma esperamos garantir que a construção continue sustentável a longo prazo e as pessoas atingidas possam levar isso para suas vidas e passar conhecimento adiante.
O setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos ambientais e produção de resíduos. Além disso, o ambiente arquitetônico afeta diretamente todos nós, já que passamos a maior parte do nosso tempo e, consequentemente, da nossa vida, em espaços construídos. Sendo assim, é fundamental que os arquitetos conheçam e apliquem em seus projetos os princípios da arquitetura sustentável, construindo ambientes ecologicamente corretos, confortáveis e saudáveis para os usuários e para o planeta.
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